terça-feira, 30 de março de 2010

Acho que mordi mais do que posso mastigar...

domingo, 28 de março de 2010

28/03/10

Acordei grogue..
Dia foi parado, perna não parou de sangrar e cheia de ansiedade com a aula de amanhã!

27/03/10

Dia de voltar pra casa!!
Feliz e triste, alem de um pouco tensa de como será minha vida em BH, sem médico, sem tia pra ajudar o tempo todo e principalmente com as minhas obrigações de escola e trabalho.
Minha perna voltou a sangrar, so que agora no ponto de cima, onde não tem como por faixa. OTEMO!
Minha mãe conseguiu fazer o exercício em mim sozinha, estou aliviada com isso, menos um problema pra lidar.
Recomendo seriamente que não façam o exercício de crescimento antes de fazer a viagem e chegar em casa, pois com toda a mechida minha perna cresceu mais 0,5mm do que devia.
Bom voltar pra casa mas estou insegura, veremos como serão os próximos dias...

sexta-feira, 26 de março de 2010

25/03/10

O que era uma mancha de sangue, pela manhã já era um rio.
Acordei com a cama toda suja, mas como o médico havia dito que era normal, tentei ficar calma.
Mas o mesmo não ocorreu com minha tia, ela ligou correndo para o meu tio, que também é médico, para que viesse fazer algo a respeito.
Logo ele chegou e me tranquilizou, que na verdade não era uma hemorragia e sim o líquido extracelular saindo, o que era uma coisa boa, pois isso significava que o corpo estava reagindo.
Mas a tarde toda foi um desespero, fiquei muito nervosa, muito medo de não aguentar o processo de não ter forças..
Ainda estou com esse medo.
Tomei um remédio homeopático que chama Rescue, fiquei calma o que foi otimo.
No fim da tarde as fisioterapeutas vieram, mas minha mãe que fez o exercicio. Não sei se foi o remedio, mas foi super tranquilo, não senti nada e minha mãe conseguiu fazer o alongamento. Foi ótimo!
À noite o sangramento voltou um pouco, mas com pressão no local ele logo parou.
Tomei novamente o Rescue e Revotril para dormir.

24/03/10

Hoje tenho que ir fazer curativo, tomei um banho relaxante e me arrumei pra ir.
Como sempre tive um treco fazendo o curativo, tenho muita agonia, mesmo sabendo que o médico sabe o que está fazendo, as vezes acho que eles não tem noçao da dimensão da dor que um simples iodo causa em uma ferida aberta...
Curativo feito tirei o raio-x. Estava muito nervosa e tremendo, descobri que essa de tremer é algo comum pra mim, devido ao nervosismo...
Fui fazer fisioterapia, minha mãe tentou pela primeira vez fazer o alongamento ósseo. Não deu certo, doeu muito mais que o normal e depois ainda tive que ficar lá esperanso pra ser atendida pelo Dr. Everson.
Ele me disse que estava tudo bem, que tinha que colocar um certo peso na perna já e para voltar na sexta feira.
Fui pra casa e tomei vários remédios para a dor.
No início da noite já não aguentava mais ficar na sala e vim pra cama dormir.
00:47 começou o pesadelo. Acordei com minha perna sangrando. Desesperei.
Da última vez que isso me aconteceu foi logo quando coloquei uma placa fixadora no fêmur e fui pra casa. Lógico que ao acordar com a perna sangrando fui correndo para o hospital, operei e fiquei la mais um tempão. Péssima lembrança. Acho que isso que me deixou mais nervosa
Apesar do médico ter dito que era normal, liguei pra ele às 02:00 da manhã, continuei sem dormir, so um conhilo aqui e outro ali.

22/03/10

Acordei bem e logo chegaram as fisioterapeutas.
Fiz pela primeira vez o alongamento do músculo da frente da coxa. Foi horrivel. Me lembrou muito os exercícios que tinha que fazer no pós acidente para que meu joelho dobrasse.

quinta-feira, 25 de março de 2010

ISKD


Site com informações ao paciente www.iskd.com e os exercícios que devem ser feitos.

21/03/10

O residente do hospital passou logo cedo no meu quarto e me deu alta, poderia finalmente ir pra casa, fiquei muito feliz.
Tomei banho e fiz pela primeira vez os exercícios de alongamento ósseo.
Doeu, mas não o tanto que esperava, fiquei aliviada.
Meus tios vieram me buscar e fui pra casa deles.
Foi um dia ótimo, pude me mover bastante, não senti muita dor e dormi bem.

obs: dormir é a coisa mais difícil, não pode mexer, se não ocorre o alongamento e para tudo tenho que pedir a ajuda da minha mãe.

20/03/10

Meu pai chegou cedo no hospital para cuidar de mim, pois minha mãe estava passando muito mal.
Chegou então a pior hora, tive uma crise de histeria, queria largar tudo, se fosse possível, desvazer o que tinha feito, sair da cama, andar, ficar bem de novo. Chorei muito, foi muito difícil pro meu pai ver aquela cena...
Tomei um calmante e melhorei.
Mais tarde as fisioterapeutas chegaram e sai da cama pela primeira vez, foi ótimo poder andar, mesmo com limitações.
Fiquei o dia todo amuada, com medo de passar mal de novo.
O médico chegou para ver como ia tudo e me passou um baita sermão. Falou que meu quarto tava parecendo velório, que não entendia o porque de tanta tristesa, e que se eu queria largar tudo ele achava um desperdicio, mas que era só não fazer os exercícios que a fratura iria consolidar e tudo iria acabar.
Ele me fez andar pelo hospital, o que foi ótimo, trocar de ares...
Dormi bem, finalmente!

19/03/10

Passei o dia bem, fiz fisioterapia para fortalecer os músculos e passei o dia deitada.
Mas novamente vomitei muito e continuei sem conseguir urinar.
Então o cateter foi retirado e pelo menos ir ao banheiro eu passei a conseguir.
A noite chegou e foi um pesadelo, tomei um remedio que dava ansia e claro, passei mal.
Foi horrivel, a noite toda assim.
Como sempre começou a passação de mal, devido à reação ao anestésico.
A noite foi difícil, estava com um cateter ligado a minha coluna vertebral para se fosse o caso de dor tomar um analgésico direto no sistema nervoso, porem, esse mesmo cateter que estava lá para evitar dor, me impedia de urinar.
Mas a noite passou.

O dia D

Dia 17/03 viagei para Campinas em meio a muita confusão mental e nervosismo pois estava gripada e com medo do anestesista não aceitar me operar por conta disso.
Dia 18, fui me internar no Centro Médico de Campinas e foi muito difícil o tempo de espera, a cirurgia estava marcada para as 13h e só recebi confirmação de que iria operar as 12h.
Estava muito ansiosa, e me fechei para os outros, não gosto muito de demonstrar meus sentimentos e acabei ficando mais tensa por isso.
Às 14:30h o enfermeiro foi me buscar no quarto, e depois de esperar mais uns 30min na antesala do bloco cirurgico, fui chamada para entrar.
As lágrimas começaram, mas eu tentei muito me conter. Logo recebi um calmante e apaguei.
Só acordei as 21h com o fim da cirurgia e com os enfermeiros tirando raio-x do meu fêmur.
Mais tarde fui pro quarto e a próxima etapa estava começando.

Esperança

Depois de muito esperar fui autorizada a operar, a haste tinha chegado no Brasil e tinha chegado na configuração certa.
Decidi que dessa vez não iria abandonar tudo e sim continuar com a vida, pois já havia me empenhado na cirurgia e tinha dado errado. Mas de qualquer forma ela finalmente estava marcada para dia 18/03/10.

Problemas

Com a cirurgia marcada, corri na faculdade para terminar mais cedo o semestre e poder viajar para operar.
Dia 22/11/09 fui comunicada que a Anvisa avia recolhido todas as hastes do país e que minha cirurgia havia sido adiada por tempo indeterminado.
Fiquei muito triste.

Início


Em 1999 tive um acidente de carro e fiquei com 4,7cm de diferença de uma perna pra outra.
Apesar de ter dito ao médico que não me importava com a diferença, ao longo dos anos isso passou a me incomodar muito e a idéia de alongar o fêmur passou a ser interessante. Com muita pesquisa descobri o Método Ilizarov, mas nunca animei muito, pois tudo que li a respeito dizia o tanto que era horrível, as dores que causava, as infecções e tudo mais, então desisti da idéia.
Em 2009, conversando com o meu ortopedista concluimos que era importante fazer o alongamento para evitar futuras dores na coluna.
obs: sempre me recusei a usar calço, aliás, nunca aceitei bem essa minha limitação, causando dores na minha coluna e escoliose.
Meu médico me aconselhou a ir a São Paulo, em Campinas e consultar com o Dr. Everson Giriboni, um ortopedista especialista em uma nova técnica de alongamento, com haste intramedular usando um aparelho chamado ISKD.
A idéia me pareceu fantástica e milagrosa e logo me animei.
O médico deixou claro que doeria muito, que ia ser bem difícil, mas que valeria a pena e agora sp bastava conseguir que meu plano de saúde pagasse pela haste, que é caríssima, e arrumar o dinheiro para pagar os médicos, que são computados por fora, independente de plano de saúde.
Depois de toda a burocracia feita e de conversar com meu pai consegui acertar tudo e marquei a cirurgia para 02/12/09.